quinta-feira, 11 de junho de 2009

Prefácio... "Para quê?"

PREFÁCIO

São vários os motivos que nos levam a escrever... são também vários os sonhos que regem a nossa escrita, mas, acima de tudo, é fundamental experimentarmos o prazer de escrever...
A escrita é uma forma de nos conhecermos, de nos definirmos no mundo em que vivemos. É, por isso, uma aprendizagem constante, um trabalho de busca permanente da melhor palavra, da melhor forma de dizer e combinar as palavras... uma investigação funda, cheia de dúvidas e hesitações, no sentido de revolver a língua em busca de verdadeiros tesouros de expressão. Mas é, por isso mesmo, um caminho excelente para nos encontrarmos com nós próprios, com os outros, com o sentido da humanidade... Por isso nos diz Florbela Espanca que “Ser poeta é ser mais alto”, e é-o de facto: aquele que escreve tem por missão ‘traduzir’ os medos e as ambições, as alegrias e as tristezas, as memórias e os projectos futuros, não só seus, muito particulares, mas os do homem em geral. Porque, quando se escreve por paixão, com toda a alma, é na escrita do “poeta” que muitos se revêem, por um lado, encontram o ponto de partida para as suas reflexões, por outro, ou encontram até um motivo para também começarem a escrever.
Chamar poesia ao que o leitor irá encontrar neste livro não será talvez a melhor classificação, no entanto, no meu humilde pensar, poeta é todo aquele que abre a sua alma, nos faz abrir a nossa e nos motiva a escrever. E, como acredito que estamos perante uma poeta (ou poetisa, se assim preferirem), aqui estou para a apresentar: a Maria Carolina, para uns, ou a Zinha, para outros, é um ser de uma sensibilidade muito apurada, uma confidente por excelência e uma amiga incondicional. Por isso, caros leitores, o que ides encontrar nas páginas deste livro é a escrita de reflexões onde muitas vezes nos espelhamos, onde encontramos o alento para continuar a lutar pelos nossos sonhos e onde podemos rever um cais onde ir ter quando a fé nos falta ou nos salpica mais de mansinho. É um livro maduro, de pensamentos feitos palavra, que reúne a alma do homem enquanto poeta, do homem enquanto ser individual e social, do homem na sua totalidade.
Resta-me desejar-vos boas leituras, boas reflexões e, se possível, boas escritas futuras.

Teresa Alves Isidorinho
20 de Maio de 2004

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